Em Ofício enviado ao secretário de saúde e ao prefeito de Salvador, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV-BA) questiona o critério estabelecido pelo município para a vacinação contra a Covid-19 dos profissionais da saúde. O documento aponta que a obrigatoriedade de o profissional está vinculado a um Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) ativo promove a exclusão quase que totalitária dos médicos-veterinários do município de Salvador no processo de imunização.

Além de solicitar a revisão do critério adotado, o CRMV-BA solicita que o município de Salvador inclua, em caráter de prioridade para a imunização contra a Covid-19, todos os médicos-veterinários registrados na autarquia e que estejam em atuação na cidade.

No ofício, o CRMV-BA destaca, entre outras questões, que Conselho Nacional de Saúde (CSN) reconheceu o Médico-Veterinário como profissional da saúde em 1998, referendando o já regulamentado pela Lei Federal 5517/68, que tem como base, o exercício profissional do Médico-Veterinário como agente promotor e mantenedor da saúde animal, ambiental e humana; indica que 75% das doenças emergentes e reemergentes são zoonoses e reforça que, no Brasil, é crescente o número de pessoas morrendo em consequência de zoonoses como Leishmaniose, Leptospirose, Raiva, Esporotricose, e de arboviroses (Dengue, Chikungunya, Zica), Brucelose, Toxoplasmose, e, Febre amarela, entre outras e aponta que ao tratar e controlar estas doenças nos animais, o médico-veterinário promove a saúde da família, do ambiente em que ela vive e da sociedade como um todo.

“Diferente do que acontece na Medicina Humana, no Brasil, a prática da telemedicina na Medicina Veterinária não é autorizada, pelas particularidades do exercício profissional, colocando o médico-veterinário em nível de exposição muito maior do que alguns profissionais de saúde que, mesmo atuando remotamente e por telemedicina, foram vacinados, apenas pelo fato de estarem vinculados a um estabelecimento registrado no CNES”, diz trecho do documento.

A lista com os nomes dos profissionais atuantes na cidade também foi encaminhada junto ao ofício.

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