Cresce o número de processos éticos contra médicos-veterinários no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV-BA). Na última década, as denúncias relacionadas aos profissionais aumentaram em 500% – saltaram de três, em 2008, para 18 em 2018.

A maior parte dos processos é na área de clínica de pequenos animais e tem relação com procedimentos mal-sucedidos em mutirões de castração.

Dos 18 processos abertos no ano passado, 14 são contra profissionais que trabalham com animais de companhia e a metade das denúncias é decorrente de problemas com as castrações. “Observamos com muita preocupação esse crescimento porque saltam aos olhos o número de profissionais que respondem a processos por castrações mal realizadas, o que compromete a saúde e o bem-estar do animal”, explica Altair Santana de Oliveira, presidente do CRMV-BA.

O gestor do Regional baiano ressalta que a maioria das denúncias seria evitada se os profissionais cumprissem as exigências previstas na legislação e registrassem os projetos de castração no Conselho. “Temos resoluções específicas que tratam sobre o tema e visam, exatamente, a saúde e o bem-estar animal, além da garantia do direito do profissional de realizar os procedimentos. Se as exigências estabelecidas nas resoluções fossem cumpridas, o número de processos éticos seria menor”.

Em campanha nas redes sociais, o CRMV-BA tem reforçado os benefícios da castração e a importância do registro dos mutirões. “Queremos que a sociedade e também os profissionais entendam que o conselho não se opõe aos mutirões de forma alguma. Ele apenas disciplina a realização dessas campanhas, a fim de garantir a segurança, a saúde e o bem-estar animal”, destaca o presidente.

 

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